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AUTORES: Vinicius Gabriel Peneluppi dos Santos , Mariana Domingues de Oliveira, Gustavo Yukihito Anzou de Souza, Gabrielle Aparecida Souza Basilio, Maria Renata Guilhermete, José Francisco Kerr Saraiva.,
PALAVRA-CHAVE: Inclusão; Autonomia; Síndrome de Down
INTRODUÇÃO: O desenvolvimento físico e intelectual de pessoas com síndrome de Down (SD) é essencial à inclusão social e pode ser trabalhado em atividades que estimulam a autonomia e promovem hábitos saudáveis de vida. A fim de intervir para assegurar a esses indivíduos seu direito instituiu-se o presente projeto. Em que os alunos extensionistas da Pontifícia Universidade Católica de Campinas junto aos usuários da Fundação da Síndrome de Down de Campinas realizam atividades semanais com diferentes enfoques.
MÉTODOS E MATERIAIS: Para fins organizacionais, três frentes foram estabelecidas: Ateliê de artes, Qualidade de Vida e Hora da Notícia. No Ateliê de artes propõem-se, a partir da realização de atividades artísticas, transpor um olhar reducionista a prognósticos, expondo os usuários a vivências sócio-laborais como a divulgação e comercialização dos próprios quadros, por exemplo, explorando autonomias frente às limitações, enxergando-os como plurais, neurodiversos. Leilão de quadros, Exposição, Quadrilha e Karaokê, são exemplos deste intento, posto de que, a todo momento as artistas plásticas incentivam o desenvolvimento de uma identidade artística própria, sugerindo a cada um técnicas diferentes, além da importância de todos se ajudarem para lidarem com as dificuldades. Esta cooperação, ficou clara na organização da quadrilha, por exemplo. A Qualidade de Vida utiliza atividades como, idas a bares e restaurantes por Campinas, como meio de trabalhar educação em saúde e sociabilidade. Foi realizada, por exemplo, a “dinâmica de produtos processados e ultraprocessados”, com o intuito de demonstrar pela comparação que quantidade de sal, óleo e açúcar em alimentos consumidos diariamente ultrapassavam vertiginosamente o limite diário saudável, possibilitando a conclusão que melhores escolhas se dão com menos consumo de ultraprocessados e mais de alimentos in natura. Por fim, a hora da notícia pretende num primeiro momento, na maternidade, orientar os profissionais da área da saúde, por meio de panfletos em enfermarias neonatais, sobre a forma mais adequada de comunicar o diagnóstico de SD às famílias.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Como resultado do presente projeto obtivemos a adesão contínua dos participantes a todas as atividades ofertadas. No Ateliê de artes as atividades desenvolvidas como a exposição de artes “Olhar é diferente de ver”, karaokê e dança quadrilha contaram com ampla participação dos envolvidos. Na frente da Qualidade de Vida, a dinâmica “Como montar um prato saudável” fez com que os usuários tivessem um acompanhamento contínuo pelo retorno com fotos e vídeos de seus pratos no dia-dia, mostrando os aprendizados com a dinâmica realizada. Paralelamente, na frente Hora da Notícia, os extensionistas trabalharam com foco na conscientização da melhor abordagem ao noticiar sobre a SD, a partir de materiais físicos. Por fim, é certo que esse é um trabalho contínuo que busca novas atualizações para dar o melhor apoio às intervenções realizadas com a participação dos usuários da FSD, sempre com o objetivo de assegurar a autonomia, independência e socialização.
REFERÊNCIAS: COELHO.Charlotte. A SÍNDROME DE DOWN.Psicologia-O Portal dos Psicólogos, Portugal,2016. Disponível em:https://www.psicologia.pt/artigos/textos/A0963.pdf MATOS.Sócrates Bezerra.et.al. SÍNDROME DE DOWN: AVANÇOS E PERSPECTIVAS. Rev.Saúde.Com 2007;3(2):77-86.Disponivel em:https://periodicos2.uesb.br/index.php/rsc/article/view/112/83 ROIZEN, N. J.; PATTERSON, D. Down's syndrome. Lancet, v. 361, n. 9365, p. 1281-1289, 2003. Disponível em: https://www.thelancet.com/journals/lancet/article/PIIS014067360312987X/fulltext LEPRI, C. A pessoa no centro: autodeterminação, autonomia e adultidade. Brasília: Editora Saberes, 2019.
AGRADECIMENTOS: Agradecemos a Puc-Campinas, sobretudo, pela iniciativa do Doutor José Francisco Saraiva, de lutar pela abertura de um projeto de Extensão que visa um olhar de cuidado a populações com deficiência, distantes de nossa graduação formal e a Fundação Síndrome de Down pelo acolhimento e pela multiplicidade de atividades, ensinando-os e permitindo que somemos com novos projetos.
ESTE TRABALHO FOI APROVADO PELO COMITÊ DE ÉTICA E PESQUISA (CEP)? Não se aplica
EIXO TEMÁTICO: EIXO 2 - Programas e Projetos de Extensão