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AUTORES: Monica Vannucci Nunes Lipay, Maria Eduarda Bueno de Souza, Maria Eliza Costa Ferreira Sampaio, Gabrielle Giusti Kim, Beatriz Schuller Bertaçolli, Arthur Barreto Costa, Bruna Ferro, Elis Regina Varalda Rodrigues,
PALAVRA-CHAVE: relação médico-paciente, humanização do atendimento, terapia ocupacional, hospital
INTRODUÇÃO: A “palhaçoterapia” em ambientes hospitalares infantis é uma técnica de humanização na medicina. Segundo estudos da “International Journal of Qualitative Studies on Health and Well-being”, tal técnica distancia a criança da realidade árdua encontrada em situações hospitalares, diminuindo o estresse. Nessa proposta, o projeto Sorrisoterapia, um projeto de extensão da Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ), promove visitas nas alas infantis no Hospital Universitário de Jundiaí, as quais têm como objetivo promover uma estadia mais agradável aos pacientes através de brincadeiras, músicas, mágicas e conversas. Ainda, preconiza-se um cuidado com os acompanhantes dos pacientes, que muitas vezes possuem a saúde negligenciada. Concomitantemente, o projeto cria espaço para que os voluntários desenvolvam a humanização na área da saúde, o que auxilia na formação de profissionais mais comunicativos e empáticos e, na medicina, essas competências são imprescindíveis no cuidado.
MÉTODOS E MATERIAIS: O projeto é formado e organizado por alunos da instituição e as atuações acontecem no Hospital Universitário da Faculdade de Medicina de Jundiaí, de segunda a sexta-feira. Para a capacitação dos voluntários faz-se necessária uma palestra de biossegurança, instruindo-os sobre as normas do hospital, a fim de promover a proteção da saúde tanto dos assistidos, que se encontram vulneráveis, como dos voluntários. Ademais, a capacitação conta com dinâmicas recreativas que podem ser abordadas durante as atuações. Uma vez que os alunos estejam aptos, eles são divididos em grupos de 3 a 4 pessoas por atuação. Em média, cada grupo visita 4 leitos distintos e cada participante atua pelo menos uma vez por mês no projeto. Quanto à vestimenta, os voluntários usam, obrigatoriamente, jaleco e máscara descartável, além do uso de adornos lúdicos que visam mitigar o receio e o distanciamento entre o profissional da saúde e o público infanto-juvenil. As visitas colocam a criança como protagonista do projeto, portanto respeita-se a autonomia, individualidade e os limites estabelecidos.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: O projeto se fundamenta na integralidade do cuidado, entendendo o paciente como um todo, e não somente na sua doença. Por meio da descontração, é possível o distanciamento da realidade na qual a criança assistida encontra-se, reduzindo seu estresse. Concomitantemente, também são acolhidos os acompanhantes, por meio de conversas e brincadeiras, fomentando, também, a criação de laços afetivos positivos entre a família e o paciente. Os voluntários, por estarem sujeitos a situações adversas e à necessidade de improviso constante, saem com maior discernimento e habilidades para resolução rápida de problemas. Além disso, possuem a oportunidade de entrar em contato com a rotina hospitalar, bem como a adequação do comportamento nesse ambiente desde o início da graduação. Conclui-se que, por meio das visitas e do exercício da integralidade do cuidado, o projeto promove a formação de profissionais da saúde mais humanizados.
REFERÊNCIAS: Linge L. Joyful and serious intentions in the work of hospital clowns: A meta-analysis based on a 7-year research Project conducted in three parts. International Journal of Qualitative Studies on Health and Well-being. 2013 Jan;8(1):18907.
AGRADECIMENTOS: À Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ) pelo apoio ao projeto e aos voluntários do projeto pela dedicação
ESTE TRABALHO FOI APROVADO PELO COMITÊ DE ÉTICA E PESQUISA (CEP)? Não se aplica
EIXO TEMÁTICO: EIXO 2 - Programas e Projetos de Extensão