Lenamaris Mendes Rocha, Adriano Mesquita Bento, Gabriela de Toledo Passos Candelária, Luiz Carlos Pereira Bin, Aline Cristina Régis e Wanessa de Lourdes Pinto foram os ganhadores do prêmio Adolfo Lutz entregue na quinta-feira (11) no anfiteatro 1 da Faculdade de Ciências Médicas (FCM), durante o encerramento do XIX Congresso Médico Acadêmico da Unicamp (CoMAU). O prêmio é um incentivo aos trabalhos de iniciação científica apresentados durante os três dias de congresso. Cada ganhador recebe um prêmio de R$ 500,00 e concorre ao prêmio “Lopes de Faria”.

O prêmio “Lopes de Faria” foi instituído em 1995 pelo ex-diretor da FCM e atual reitor da Unicamp, Ferreira Costa, pelo então diretor-associado e atual pró-reitor de Desenvolvimento e Assuntos Comunitários, Paulo Eduardo Moreira Rodrigues da Silva e pelos representantes do Centro Acadêmico Adolfo Lutz (Caal). Os seis trabalhos vencedores serão avaliados por uma comissão indicada pela Câmara de Pesquisa da FCM e disputam o prêmio de R$ 4 mil, entregue em maio do ano seguinte. O prêmio é uma homenagem ao professor-titular e médico patologista Lopes de Faria, que deu início, em 1965, ao Departamento de Anatomia Patológica da Unicamp e foi diretor da FCM de 1972 a 1976.

PREMIADOS

Categoria: Básica
Trabalho: Análise da imunoexpressão de mucinas (Muc1, Muc2, Muc 5ac e Muc 6), e-caderina e cdx2 correlacionados com aspectos clínicopatológicos no carcinoma gástrico precoce
Autora: Lenamaris Mendes Rocha
Orientadores: Luis Roberto Lopes e Luciana Rodrigues Meirelles


Categoria: Ginecologia e Obstetrícia
Trabalho: Expressão da ciclooxigenase-2 (COX2) e recidiva ou progressão em mulheres com carcinomas ductais invasivos da mama
Autor: Adriano Mesquita Bento
Orientadora: Sophie Françoise Mauricette Berchain

Categoria: Pediatria
Trabalho: Fatores de risco para a ocorrênica de trombose venosa profunda em crianças e adolescentes com síndrome nefrótica
Autora: Gabriela de Toledo Passos Candelaria
Orientadora: Vera Maria Santoro Belangero
 

Categoria: Medicina Preventiva e Social
Trabalho: Significados das vivências de episódios maníacos como relatados por pacientes com quadro remitido: um estudo clínico-qualitativo
Autor: Luiz Carlos Pereira Bin
Orientador: Egberto Ribeiro Turato
 

Categoria: Cirurgia
Trabalho: Avaliação da produção do NO (óxido nítrico) e da expressão NOS (óxido nítrico sintase) intestinal no modelo experimental de gastrosquise
Autor: Aline Cristina Régis
Orientador: Lourenço Sbragia

Categoria: Clínica Médica
Trabalho: Análise da relação dos polimorfismos dos genes ctla-4 -318 com o risco para doença de Graves e oftalmopatia de Graves
Autora: Wanessa de Lourdes Pinto
Orientadora: Laura Sterian Ward

Quem foi Lopes de Faria

O Departamento de Anatomia Patológica iniciou-se com a vinda de Lopes de Faria para a então Faculdade de Medicina da Universidade Estadual de Campinas, em 1965, no prédio da Santa Casa. Chefe de departamento rigoroso, conseguiu, em pouco tempo, projetar a Unicamp no cenário da patologia nacional. Transmitiu aos seus discípulos, hoje docentes do Departamento, conhecimentos básicos e sólidos, sempre embasados na pesquisa aplicada ou experimental. Graças a isto, cada um de seus discípulos pode dedicar-se a uma especialidade de forma segura, partindo dos conhecimentos gerais para os particulares. Esta especialização dos docentes do Departamento se fez de forma natural, harmônica e altamente competente.

O envolvimento no ensino da Patologia é uma feição do Departamento, herdada diretamente das características do professor Lopes de Faria, cuja dedicação foi integral à docência. Ela se fez em todos os níveis do conhecimento: graduação, pós-graduação e residência. O curso de graduação em Medicina sempre foi prioritário para Lopes de Faria. A dedicação consumia grande parte das suas atividades no Departamento, sendo, ele mesmo, o responsável pela confecção das lâminas e das peças anatômicas utilizadas durante o curso.

As suas aulas eram de uma didática e objetividade ímpares, transmitindo aos alunos os conhecimentos fundamentais da Anatomia Patológica que seriam aplicados à prática médica. O seu trato com os alunos sempre foi de muita dedicação, honestidade e carinho. Como fruto deste trabalho incansável de educador, o professor Lopes de Faria era patrono, paraninfo ou homenageado, anualmente, pelas diferentes turmas que se formavam.

Os docentes do Departamento, carinhosamente, o apelidaram de "homenageado crônico".

Prof. Dr. Athanase Billis

Texto e fotos: Edimilson Montalti