Unicamp elabora Caderno-Base de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora. Iniciativa integra acordo da OPAS
Publicado por: Camila Delmondes
09 de novembro de 2021

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De 3 a 5 de novembro, a Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp realizou – com o apoio da Associação dos Docentes da Unicamp (ADunicamp) e do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho (CESIT) –a 1ª Oficina Ampliada de Trabalho para Elaboração do Caderno-Base de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora, parte integrante de uma Carta Acordo assinada com a Organização Panamericana de Saúde (OPAS) para elaboração e revisão de orientações técnicas sobre Saúde do Trabalhador.

Segundo explicou a docente do Departamento de Saúde Coletiva da FCM e coordenadora técnica do projeto, Márcia Bandini, apesar do adoecimento e morte do trabalhador ser um importante problema de saúde pública, o assunto ainda é pouco conhecido devido à subnotificação de casos. Dados do Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho mostram que, em 2020, apenas 446,9 mil casos foram notificados por meio das Comunicações de Acidentes de Trabalho (CAT) e pouco mais de 210,8 mil casos foram notificados através do Sistema de Informações de Agravos de Notificação (Sinan).

“Para evitar as mortes, as lesões e o adoecimento de trabalhadores é preciso aprimorar a vigilância em saúde, indo para além da Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador (Renast). Para isso, o engajamento dos profissionais que trabalham na atenção primária, média e de alta complexidade, urgência e emergência do SUS, é fundamental”, comenta a docente, que atualmente, em conjunto com diversos outros pesquisadores do país, trabalha na produção de quatro cadernos nessa temática.

Em estreita parceria com a Coordenação Geral de Saúde do Trabalhador (CGSAT), a expectativa do grupo de especialistas é poder contribuir para que as doenças e agravos à saúde relacionados ao trabalho saiam da invisibilidade.

“O objetivo principal dessa nova série de publicações é orientar os profissionais de saúde do SUS a identificar, notificar e subsidiar ações de vigilância nos casos de Doenças e Agravos relacionados ao Trabalho (DART), bem como intervir em seus determinantes em suas áreas de atuação”, ressalta a coordenadora geral da CGSAT, Flavia Nogueira de Souza, do Departamento de Saúde Ambiental, do Trabalhador e em Emergências em Saúde Públicas (DESAST) da Secretaria de Vigilância a Saúde (SVS) do Ministério da Saúde (MS).

“Estamos muito satisfeitos com as contribuições que recebemos. A construção coletiva com a participação dos trabalhadores é algo muito importante para este projeto. Trabalhar em um modelo semipresencial e ainda garantir essa participação foi um grande desafio para todos nós”, acrescentou o professor do DSC da FCM, Sergio Roberto de Lucca, coordenador pedagógico do projeto.

O encontro contou com 25 participantes de diversos estados e serviços como Centros de Referência de Saúde do Trabalhador (Cerest) Estaduais (Maranhão, Tocantins, Bahia) e Regionais (Betim/MG, Campinas, Piracicaba e São Bernardo do Campo/SP); universidades, dentre as quais, a Escola Nacional de Saúde Pública, Universidade Federal da Bahia, Universidade Federal de Minas Gerais e Universidade Federal do Mato Grosso; representantes de trabalhadores; além de representações institucionais como a do Conselho Nacional de Secretários da Saúde (CONASS), Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (CONASEMS), e da Comissão Intersetorial de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora (CISTT).



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