O Serviço de Cirurgia Endovascular do Hospital de Clínicas (HC) da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp celebra, em 2025, seu jubileu de prata. Fundado no ano 2000, o serviço se destacou como um dos pioneiros na implantação dessa tecnologia no ensino e atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS), além da formação de especialistas na área. O evento de comemoração será realizado no dia 24 de maio. Veja o convite, aqui.

Responsável pela idealização e implantação do serviço, a chefe da Área de Moléstias Vasculares do Departamento de Cirurgia da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) e do Serviço de Endovascular do Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp, Ana Terezinha Guillaumon, relembra a trajetória de desafios e conquistas. “A cooperação institucional no credenciamento do serviço junto ao SUS, teve o apoio incondicional do superintendente, professor Paulo Eduardo Rodrigues da Silva; a cooperação das instancias da universidade, e de todos aqueles que conheciam o potencial de uma tecnologia de ponta, em uma faculdade formadora de médicos qualificados e comprometidos com docência, assistência e pesquisa”.  

Desde a década de 1980, a Unicamp foi protagonista na realização de angioplastias, consolidando a evolução dos procedimentos endovasculares na instituição. Com a ampliação do serviço, houve a necessidade de buscar financiamento para a construção de uma sala apropriada e aquisição de equipamentos específicos. Em 2013, o Ministério da Saúde destinou recursos para a construção da Suíte Endovascular, fortalecendo a capacidade de atendimento na região. Inicialmente projetado para atender cerca de quatro milhões de habitantes, hoje o serviço se tornou referência para aproximadamente 11 milhões de pessoas. Leia a matéria sobre a inauguração da Suíte Endovascular, aqui.

“O crescimento do serviço demandou a ampliação da equipe de trabalho, com a formação de residentes que posteriormente se estabeleceram em diversos estados brasileiros, incluindo Goiás, Ceará, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Acre, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo. Além do impacto assistencial, a produção acadêmica também se destacou, com mais de 40 trabalhos de conclusão de curso, dissertações de mestrado e teses de doutorado, além de publicações em congressos científicos nacionais e internacionais”, recorda Terezinha.  

“Foram 25 anos de trabalho e dedicação, superando desafios estruturais na implantação e atualização tecnológica. Saber que tudo foi realizado pela equipe que coordeno, unida por um único sonho – oferecer o melhor atendimento, com segurança e disposição para a felicidade – é gratificante. Não estamos estagnados; temos novos projetos em estudo, como a aplicação da inteligência artificial, a incorporação de dispositivos mais avançados e a melhoria contínua do atendimento técnico e humanizado, que sempre será a essência do exercício da medicina”, finaliza a docente.