“O sonho de todo médico residente de ortopedia é ser aprovado na prova da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT)”, disse o supervisor do Programa de Residência Médica em Ortopedia da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, Alessandro Zorzi, após receber a notícia de que 100% dos residentes do programa haviam sido aprovados na 51ª edição, da “temida” prova para obtenção do Título de Especialista em Ortopedia e Traumatologia (TEOT) da SBOT, realizada em fevereiro deste ano.

“Essa prova é temida no sentido de ser tradicional, rigorosa e muito respeitada, inclusive, por sociedades médicas de outras especialidades. O exame é complexo e muito bem elaborado. Passar na seletiva é ter reconhecida a formação exemplar do profissional. Para o nosso serviço é como um selo de qualidade”, comentou o especialista.

O Departamento de Ortopedia, Reumatologia e Traumatologia (DORT) da FCM, que tradicionalmente obtém alto índice de aprovação na prova da SBOT, destacou-se ainda mais nos últimos anos, conseguindo aprovar todos os residentes do programa.

“O 51º TEOT foi considerado um dos mais difíceis de todos os tempos. Apenas 55% dos candidatos inscritos foram aprovados. Conseguimos, novamente, 100% de aprovação, demonstrando a qualidade da nossa formação mesmo no contexto das dificuldades impostas pela pandemia”, disse.

Ainda de acordo com Alessandro Zorzi, dentre as razões que explicam o sucesso de aprovação dos residentes da Ortopedia da FCM, na prova da SBOT, além da qualidade e dedicação dos próprios residentes, está: o desenvolvimento de um sistema de avaliação contínua do aprendizado, e a rápida adaptação do ensino à modalidade on-line logo no primeiro mês da pandemia, com o uso intensivo de simulações e workshops, em substituição às cirurgias eletivas, suspensas no período de distanciamento social.

“Implantado há oito anos pelo professor Maurício Etchebehere, nosso sistema de avaliação serve de guia na detecção de problemas na formação e desempenho dos residentes, desde o primeiro ano. Por sua vez, graças ao apoio do professor Rodrigo Pagnano, chefe do DORT, e a união de todos os docentes e médicos do Departamento, conseguimos manter o alto nível de excelência do nosso programa de residência, mesmo durante a pandemia e colapso do nosso sistema de saúde”, destacou.