Pesquisa da Unicamp sobre estreitamento de aorta ganha prêmio em Congresso de Cardiologia
Publicado por: Camila Delmondes
01 de dezembro de 2020

Compartilhar:

A pesquisa “Coarctation of the aorta: a case series from a tertiary hospital”, publicada na revista International Journal of Cardiovascular Sciences, da Sociedade Brasileira de Cardiologia, recebeu o "Prêmio de Melhores Artigos Originais” durante o 75º Congresso Brasileiro de Cardiologia, realizado virtualmente nos dias 14 e 15 de novembro. O orientador do estudo foi o cardiologista e ecocardiografista do Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp, Thiago Quinaglia e o primeiro autor do artigo foi Joaquim Barreto, aluno do sexto ano do curso de Medicina da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp.

A coarctação de aorta é o estreitamento segmentar da aorta e corresponde à 7% das cardiopatias congênitas. Se não operada, a doença cursa com hipertensão arterial secundária e elevado risco de doenças cardiovasculares. Hoje, um grande desafio é a detecção e tratamento precoce desta doença, como forma de otimizar o benefício de longo prazo da intervenção terapêutica. Estudos prévios estimam que até 60% dos doentes são diagnosticados de maneira tardia, o que se relaciona com desfechos clínicos piores. 

Os pesquisadores avaliaram com que frequência os pacientes foram operados de maneira tardia - mais de 1 ano de vida -, os fatores relacionados a este atraso, bem como as principais complicações no seguimento pós-operatório de longo prazo. Para tanto estudaram, retrospectivamente, prontuários de 72 pacientes operados por coarctação de aorta no HC Unicamp entre 1996 e 2016.

Dentre os resultados encontrados, eles demonstram que metade dos indivíduos avaliados foram operados de maneira tardia - após 1 ano de vida. As principais cardiopatias congênitas associadas foram valva aórtica bicúspide (33%) e comunicação interventricular (19%). No pré-operatório, 60% dos doentes apresentavam hipertensão arterial secundária. Ao longo de cinco anos de seguimento pós-operatório, eles observaram a persistência de hipertensão arterial secundária em 38% dos pacientes e a ocorrência de recoarctação de aorta em 27% dos pacientes avaliados.

“Em linha com os dados da literatura, nosso trabalho reforça a necessidade de um seguimento cardiológico de longo prazo dos doentes com coarctação de aorta corrigida, além de reforçar a importância de pensar neste diagnóstico quando diante de um paciente com suspeita de hipertensão arterial secundária”, explica Joaquim Barreto.

Os demais autores são: Juliana Ribeiro Roda, médica formada pela PUCCamp em 2017; Carlos W Germano, médico formado pela Unicamp em 2019 e Ana Paula Damiano, cardiopediatra do Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp.



Notícias mais recentes



Novo sistema de microscopia vai ampliar parque de equipamentos do Laboratório Multiusuário da FCM

(Divulgação) HC abre vagas para estágios em áreas de níveis técnico e superior

Revista Microorganisms divulga estudo da FCM sobre diagnóstico de infecções congênitas e neonatais em recém-nascidos

Lançamento do livro “Semiologia Cardiovascular”


VI Encontro do Projeto Temático FAPESP: Desigualdades Sociais em Saúde nos municípios sedes de duas metrópoles paulistas


Faculdade de Ciências Médicas
Universidade Estadual de Campinas

Correspondência:
Rua Vital Brasil, 80, Cidade Universitária, Campinas-SP, CEP: 13.083-888 – Campinas, SP, Brasil
Acesso:
R. Albert Sabin, s/ nº. Cidade Universitária "Zeferino Vaz" CEP: 13083-894. Campinas, SP, Brasil.
Desenvolvido pela TI / FCM