Peça de teatro propõe diálogo para minimizar conflitos entre gerações
Publicado por: Camila Delmondes
01 de dezembro de 2015

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Na manhã dessa última quinta-feira (24), um grupo de funcionários da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) e da Faculdade de Enfermagem (FEnf) da Unicamp deu um show de interpretação na peça teatral “O Universo Conspira”, dirigida pelo ator e escritor, Sérgio Roberto Vergílio. Em aproximadamente uma hora de apresentação, eles emocionaram colegas de trabalho e provocaram muitos risos, ao abordar com graça e leveza os desencontros das gerações X e Y no cotidiano de trabalho. A conclusão: o diálogo é melhor caminho.

Conhecer a essência do outro e reconhecer suas habilidades, foram conselhos do guru Horus para a boa convivência entre funcionários, calouros ou veteranos, no ambiente de trabalho. "Balalaica: o Universo sempre conspira a favor do entendimento, e esse é sempre o melhor caminho”, dizia a personagem mágica, ensinando e, ao mesmo tempo, extraindo gargalhadas do público.

Para a coordenadora adjunta da Diretoria Geral de Recursos Humanos (DGRH) da Unicamp, Ademilde Félix Gomes, a iniciativa de colocar funcionários no palco não poderia ter sido mais feliz. “Não é só trabalho. Não é só a rotina do dia-a-dia. Às vezes temos talentos que ficam escondidos”, elogiou. Em relação ao tema central da peça, disse que a maneira como o conflito entre as gerações foi abordado foi muito feliz, uma vez que os trabalhadores da Unicamp vivenciam muito do que foi apresentado no cotidiano de trabalho.

“Houve um gap de mais de dez anos sem contratação. Nesse período nasceu uma nova geração de pessoas e houve o investimento pesado em tecnologia. A geração X tem que saber que algumas coisas ela não vai aprender com facilidade, mas que pode aprender com os mais novos, aquilo que eles têm de mais forte, o domínio da tecnologia. Por outro lado, a geração Y também tem lá os seus defeitos e precisa saber que pode aprender com os mais velhos. É uma troca onde todos têm a ganhar, seja no trabalho ou em casa”.

O reconhecimento da plateia com as situações encenadas no palco foi imediato. “Eu me vi na peça como alguém da geração X que tem a mente aberta para as novas pessoas que estão chegando, que têm outra mentalidade e vivência e que têm o domínio da tecnologia”, disse Ângelo Callegari Neto, funcionário do setor de Patrimônio da FCM.

Ângelo é funcionário da Unicamp há 30 anos e começou a carreira no Centro de Saúde de Paulínia, coordenado pela Universidade. Para ele, a harmonia no ambiente de trabalho é fundamental para diminuir o choque entre as pessoas de uma geração mais velha, e outras, de uma geração mais jovem. “Temos que trabalhar com as diferenças, seja de idade, religião ou pensamento. O nosso grande desafio é conseguir trabalhar com as diferenças diariamente, mantendo um ambiente agradável e saudável. Passamos dez horas juntos. Somos uma família”, disse.

“É um pouco complicado em alguns momentos, mas a maioria das vezes a convivência é bastante prazerosa. O conhecimento é sempre bem-vindo”, disse o jovem Caio César Nascimento Mota, técnico administrativo do setor de Administração de Pessoal da FCM. Caio tem 23 anos e há cinco é funcionário da Unicamp. “Nós jovens temos muito a aprender com o os mais velhos e também temos muito com o quê contribuir. Acho que na vida é tudo é uma questão de aprendizado e que você precisa estar aberto a conhecer novas pessoas e opiniões.”

O evento foi realizado pela Comissão Setorial de Avaliação (CSArh) e pela Diretoria Administrativa da FCM e contou com o apoio da Assessoria de Relações Públicas (ARP) e da Diretoria da unidade e parceria da Agência para a Formação Profissional da Unicamp (AFPU).

Texto: Camila Delmondes - ARP-FCM/Unicamp 



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