No Dia Mundial de Combate ao Câncer, professor José Barreto defende em audiência pública regulação de política nacional sobre a doença
Publicado por: Karen Menegheti de Moraes
19 de fevereiro de 2025

Compartilhar:

Com informações da Agência Câmara de Notícias

Durante audiência pública em 4 de fevereiro na Câmara dos Deputados, em Brasília, José Barreto Campelo Carvalheira, coordenador-geral da Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer do Ministério da Saúde, afirmou que o ministério está finalizando a regulamentação da Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer. De acordo com Barreto, que também é professor da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, todas as portarias já foram acordadas com representantes estaduais e municipais, e a estrutura da rede de tratamento do câncer está em fase de organização.

José Barreto Campelo Carvalheira. Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados

Barreto disse que a rede vai integrar todas as etapas de combate e tratamento do câncer. “Ela envolve busca ativa, acompanhamento individualizado, coordenação entre serviços e apoio aos pacientes no diagnóstico e tratamento. Abrange os níveis de atenção primária, especializada e de suporte", explicou. De acordo com ele, a rede tem o objetivo de garantir diagnóstico em tempo hábil, articular diferentes níveis de atenção, comunicar entre os diferentes pontos de atenção, reduzir custos, evitar deslocamento necessário e promover a adesão ao tratamento.

Sancionada em dezembro de 2023, a lei que institui a política de prevenção e controle do câncer nasceu de um projeto da Comissão Especial de Combate ao Câncer no Brasil, que promoveu o debate. O presidente da comissão é o deputado Weliton Prado. No dia 4 de fevereiro é comemorado o Dia Mundial de Combate ao Câncer. A audiência ainda contou com a participação remota do professor da FCM, Carmino Antonio de Souza, representante do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems).

Carmino Antonio de Sousa. Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

Diagnóstico

O diagnóstico precoce do câncer é realmente um problema no Brasil. De acordo com José Barreto, hoje, mais de 60% dos casos da doença são diagnosticados em fase avançada. O ideal, segundo o oncologista, seria que essa taxa não ultrapassasse os 30%.

Barreto explicou ainda que um atraso de 30 dias no início do tratamento aumenta o risco de mortalidade em até 8%. Se o começo da terapia ultrapassar 60 dias, a mortalidade pode aumentar em até 16%.

O Instituto Nacional do Câncer estima que, nos próximos anos, o Brasil vai ter 704 mil novos casos de câncer por ano.

Estatísticas relativas à mortalidade do câncer. Imagem: José Barreto


Notícias mais recentes



Professores da FCM recebem delegação da Universidade de Turim em encontro para novas parcerias

Semana da FCM


No Dia Mundial de Combate ao Câncer, professor José Barreto defende em audiência pública regulação de política nacional sobre a doença

(Divulgação) Pesquisa: Experimentos em Linguística (IEL/Unicamp)

“Saúde Coletiva ao Meio Dia” discute os impactos de Trump II na saúde global em evento na Unicamp

Faculdade de Ciências Médicas
Universidade Estadual de Campinas

Correspondência:
Rua Vital Brasil, 80, Cidade Universitária, Campinas-SP, CEP: 13.083-888 – Campinas, SP, Brasil
Acesso:
R. Albert Sabin, s/ nº. Cidade Universitária "Zeferino Vaz" CEP: 13083-894. Campinas, SP, Brasil.
Desenvolvido pela TI / FCM