Mario Saad torna-se membro de conselho global da Associação Europeia para Estudo da Diabetes
Publicado por: Camila Delmondes
28 de junho de 2024

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Foto: Fernando Geloneze/Cepid OCRC

Referência internacional nas pesquisas relacionadas à Diabetes Mellitus, o docente do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, Mario Saad, acaba de ser escolhido membro do Conselho Global da Associação Europeia para Estudo da Diabetes (EASD – da sigla em inglês para European Association for the Study of Diabetes). O mandato inicia no dia 1º de julho e tem duração de dois anos.

Criado em 2024, o Conselho Global é composto por um total de 10 diabetologistas oriundos de diversas partes do mundo, e que foram selecionados após análise de carta de interesse e currículo. O objetivo da EASD, segundo explicou Saad, é favorecer a destinação de recursos de pesquisa para países fora do continente europeu em uma grande ‘ação globalizante’.

“É uma proposta interessante que se preocupa, além de melhor compreender como se dá o avanço das pesquisas no campo da diabetes nas diversas regiões do planeta, buscar o que pode ser feito para melhorar a assistência médica dos pacientes”, comenta.

O docente da FCM é o único representante do Brasil a fazer parte da nova iniciativa da EASD. A primeira reunião do Conselho Global acontecerá no mês de setembro, durante a realização do encontro anual da Associação, em Madri, na Espanha. Na oportunidade, Saad deverá apresentar aos colegas, o cenário das pesquisas realizadas no País. Dentre as novidades, ele fala sobre o surgimento de novas drogas no tratamento da diabetes e da obesidade.

“São drogas que têm se mostrado muito boas no tratamento de ambas as doenças, porém, a um custo muito alto. Precisamos encontrar soluções mais baratas, que na verdade até já existem”, explica o pesquisador ao falar sobre a importância do Conselho da EASD em poder equilibrar a influência que a indústria farmacêutica exerce nessas áreas.

“Podemos oferecer fundamentação científica que possa ser aplicada em pesquisas e modelos de assistência médica que estejam livres da influência exercida pelos grandes laboratórios. Nós temos drogas mais baratas que podem ajudar bastante os pacientes com diabetes. As drogas caras são muito boas, mas para serem oferecidas em larga escala, ou devemos esperar cair a patente, ou propor que elas sejam quebradas”.

Ainda de acordo com Mario Saad, cerca de 10% da população brasileira têm diabetes e quase 20% apresentam o quadro pré-diabético, sendo o aumento da prevalência da obesidade um fator de risco para o desenvolvimento da comorbidade. “Esse é um problema de Saúde Pública. Embora o tratamento seja individualizado, é preciso ter critérios nacionais e globais que permitam alcançar quem está na ponta. Precisamos trabalhar de forma integrada”, afirma o especialista da FCM, destacando nesse sentido, o papel da Sociedade Brasileira de Diabetes, da qual também faz parte.



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