FCM e VRERI promovem workshop sobre o papel das universidades na internacionalização
Publicado por: Camila Delmondes
07 de outubro de 2015

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O Escritório de Relações Internacionais (ERI) da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, em parceria com a Vice Reitoria Executiva de Relações Internacionais (Vrei) da Unicamp, realizaram nesta sexta-feira o “Workshop Internacionalização Global no Século 21: O papel da Universidade”.

O workshop é destinado à comunidade universitária e tem como objetivo debater e refletir sobre as políticas de internacionalização universitárias vigentes no Brasil e exterior. A abertura aconteceu na Sala da Congregação da FCM e contou com a participação da participação da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), da USP, da Universidade de Toronto e da Universidade de Liverpool.

“Precisamos avaliar os impactos da internacionalização no ensino em nossa faculdade, no presente e no futuro. Compreender como a modernidade desse mundo globalizado em que vivemos se apresentará daqui 10 ou 20 anos, disse a coordenadora do Escritório de Relações Internacionais FCM, a médica infectologista Maria Luiza Moretti.

Para o professor da Unicamp José Pissolato Filho que fez a palestra “O papel das Universidades e suas estratégias de internacionalização”, as unidades de ensino da Unicamp precisam estar envolvidas e comprometidas com atividades que visem à internacionalização. “A internacionalização começa dentro de casa. Esse é um processo contínuo e que depende de muita gente”, disse.

O médico da FCM e assessor da Pró-Reitoria de Desenvolvimento Universitário (PRDU) Djalma de Carvalho Moreira Filho disse que dentro do contexto atual de avaliações de desenvolvimento institucional, a internacionalização adquiriu relevância e que a Universidade está na fase de avaliações internas, em que as unidades se manifestam em relação à forma como elas interagem com as instituições externas, seja através dos processos de pós-doutorado ou reciclagem docente, seja na vinda ou envio de pesquisadores.

Um dos desafios na construção de indicadores de internacionalização, segundo Djalma, é entender como eles funcionam, por exemplo, nos rankings que avaliam o desempenho universitário e que, frequentemente, são veiculados pela mídia.

“Para quem está sendo avaliado, os indicadores funcionam como uma caixa preta. Não sabemos muito bem o que de fato está sendo avaliado. Precisamos entender como eles funcionam, não para nos adaptarmos, mas para saber em quais pontos a universidade tem maior ou menor relevância”, afirmou.

Para a coordenadora do Programa Ciência sem Fronteiras dentro da Unicamp, Laura Sterian Ward, a internacionalização é parte de um projeto acadêmico da graduação e é extremamente importante para os alunos, a perspectiva de poder complementar a sua formação a vivência em uma universidade no exterior. “O impacto da mobilidade estudantil, ainda difícil de avaliar, sem dúvida, oferece uma série de aspectos positivos”, disse Laura.

A diretora associada da FCM, Rosa Inês Costa Pereira, disse que diante da necessidade de responder às aproximações internacionais a faculdade resolveu constituir um Escritório de Relações Internacionais na unidade. “Acredito que a FCM tem sido bastante procurada. Agora é a nossa oportunidade de demonstrar o que somos capazes de oferecer, onde podemos atuar, e de que forma podemos nos organizar para trabalhar em conjunto com as oportunidades geradas pela universidade”, disse.

Para o diretor da FCM, Mario José Abdalla Saad, a internacionalização na faculdade veio para ficar e está em consonância com o que acontece na universidade. Para ele, tal processo destaca-se não apenas pela troca de conhecimento no mundo globalizado, como também pela aproximação cultural que oferece.

“Conviver com outras pessoas, num ambiente em que as pessoas estão dispostas a transmitir conhecimento, mas também a dividir cultura, é um ganho para a humanidade. Esse programa tem importância não somente na difusão do conhecimento, mas, certamente, na melhora das relações humanas”, disse Saad.

Saad ainda lembra que há cerca de 10 anos, os alunos só cogitavam sair do País depois do pós-doutorado. Atualmente, a realidade é outra. “Hoje em dia, temos alunos de doutorado e de pós-doutorado que já durante o desenvolvimento da tese participam de algum programa de internacionalização, vivenciado uma nova cultura”, ressaltou.

Veja programação e relação de palestrantes nacionais e internacionais que participaram do workshop.



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