Elvis da Silva doa quadro histórico sobre FCM e abre exposição sobre minorias étnicas
Publicado por: Camila Delmondes
07 de outubro de 2015

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O artista plástico Elvis da Silva entregou para a Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp um painel de três metros de largura que conta a história da faculdade. Os símbolos da FCM e Unicamp, o prédio da Santa Casa de Misericórdia, as aulas embaixo da jabuticabeira, a ciência e a evolução do conhecimento estão presentes na obra. “A história da FCM me emocionou. Retratei o que entendi a partir da herança de pessoas que trabalharam para a construção da faculdade. Fui escolhendo as cores e escondi na tela coisas para aguçar a curiosidade, como por exemplo 17 peixes e outros elementos”, revelou.

A solenidade aconteceu na sexta-feira (23) no saguão de entrada do prédio-sede da FCM e abriu a exposição intitulada “Educação voltada para ações étnico raciais”. A exposição ressalta a cultura indígena e africana, temas que Elvis pinta há mais de 20 anos e resultou no livro paradidático Jamaica Brasileira, em parceria com o escritor Edgard de Souza Silva. “A história de Campinas é marcada pela história do café e da cultura negra. Hoje, vivemos uma redescoberta do que é nosso, do Brasil”, disse Elvis.

O diretor da FCM, Mario José Abdalla Saad, disse que para se preservar os bons exemplos é necessário preservar a história. Segundo Saad, por meio da história, da literatura, do cinema e da arte é possível melhorar a formação humanista das pessoas e, principalmente, do médico. Ainda de acordo com o diretor da FCM, o tema inclusão, retratado por Elvis, é de grande relevância ao reparar injustiças sociais e, ao mesmo tempo, olhar para o futuro.

“Quando você coloca numa mesma classe pessoas de diferentes origens, você melhora a formação humanista. O médico nunca deve ter preconceito. Ele deve atender toda e qualquer pessoa em qualquer situação. E nisso, a arte ajuda. É uma honra receber um presente com um significado tão grande e de um artista tão sensível”, disse Saad.

Elvis da Silva trabalha com diversas tintas ou pigmentos, acrílico, aquarela, óleo, nanquim e grafite. É natural de Pirassununga e mora há 13 anos em Campinas. Realizou dezenas de exposições na cidade e na região metropolitana. É o idealizador da Técnica de Observação no Escuro (TOE), que une ciência e arte. A nova técnica consiste em ativar ao máximo as células localizadas no fundo da retina humana que são responsáveis pela interpretação da cor. Os elementos da TOE são conhecidos a centenas de anos, porém nunca foram utilizados por artistas Seus princípios foram desenvolvidos por Israel Pedrosa, discípulo de Portinari e que ficou conhecido como o “Cientista da Cor”.

A exposição “Educação voltada para ações étnico raciais” fica até o dia 18 de junho, de segunda a sexta-feira, das 8 às 18 horas, no Espaço das Artes da FCM, à rua Tessália Vieira de Camargo, 126, cidade universitária Zeferino Vaz, campus Unicamp, Campinas, SP. Entra pelo portão da rua Albert Sabin, s/nº. Entrada franca.



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