Defeitos congênitos são frequentes e representam a segunda causa de óbito entre crianças menores de um ano
Publicado por: Camila Delmondes
01 de março de 2019

Compartilhar:

No dia 27 de fevereiro, aconteceu na Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, o I Simpósio sobre Defeitos Congênitos. O evento celebra os 26 anos do programa de Genética Perinatal da Unicamp e também o Dia Internacional dos Defeitos Congênitos, que é comemorado no dia 3 de março.

No Brasil, desde 2000, os defeitos congênitos já figuravam como a segunda causa de óbitos entre as crianças com menos de um ano de idade. Alguns exemplos de defeitos congênitos frequentes são as fendas labiais, os defeitos cardíacos, o excesso de dedos em mãos ou pés, a anencefalia (ausência de cérebro). Desde 1993, o programa de Genética Perinatal da UNICAMP se dedica à assistência, ao ensino e à pesquisa dos defeitos congênitos da Unicamp.

“Cerca de 3% dos recém-nascidos nascem com algum defeito e essas anomalias precisam ser melhor estudadas. Alguns dos fatores que contribuem para a ocorrência dos defeitos congênitos são a deficiência materna de ácido fólico, nível socioeconômico baixo, o casamento entre primos”, explicou Denise Cavalcanti, médica geneticista da FCM.

Durante o evento, os especialistas relembram o “Décalogo” -  dez medidas simples sugeridas pelo Estudo Latino Americano de Malformações Congênitas (ECLAMC) às mulheres em idade fértil que visam a prevenção dos defeitos congênitos:

  1. Mesmo sem saber, qualquer mulher idade fértil pode estar grávida;
  2. O ideal é completar a família enquanto é jovem;
  3. O pré-natal é a melhor garantia para a saúde do bebê;
  4. É importante vacinar-se contra a rubéola antes de engravidar;
  5. Os medicamentos devem ser evitados, exceto os imprescindíveis;
  6. As bebidas alcóolicas prejudicam o bebê;
  7. Evitar cigarro e ambientes de fumantes;
  8. Comer de tudo e bem, dando preferência as frutas e verduras;
  9. Consultar se o tipo de trabalho é prejudicial ao bebê;
  10.  Diante de qualquer dúvida consultar o médico ou um serviço especializado.

Dia 3 de Março, Dia Internacional dos Defeitos Congênitos

Por quê 3 de março? Para lembrar que três em cada 100 crianças que nascem apresentam algum defeito congênito. Em termos globais, informou Denise Cavalcanti, isso representa quase oito milhões de crianças no mundo que nascem com algum defeito congênito a cada ano. Desse universo, mais de três milhões morrem antes dos cinco anos de idade, e, entre as que sobrevivem além dos cinco anos de idade, mais de três milhões vão apresentar alguma incapacidade mental ou física. Diante desses números é importante tomar que consciência que vários defeitos congênitos são preveníveis. Entretanto, investimentos para pesquisa e assistência ainda são irrelevantes.

“O Dia Internacional dos Defeitos Congênitos é importante para sensibilizar a comunidade sobre a necessidade de maior investimento para pesquisas, necessidade de maior divulgação de medidas preventivas e maior atenção médica para a assistência das crianças portadoras de defeitos congênitos”, disse Denise Cavalcanti.



Notícias mais recentes



Novo sistema de microscopia vai ampliar parque de equipamentos do Laboratório Multiusuário da FCM

(Divulgação) HC abre vagas para estágios em áreas de níveis técnico e superior

Revista Microorganisms divulga estudo da FCM sobre diagnóstico de infecções congênitas e neonatais em recém-nascidos

Lançamento do livro “Semiologia Cardiovascular”


VI Encontro do Projeto Temático FAPESP: Desigualdades Sociais em Saúde nos municípios sedes de duas metrópoles paulistas


Faculdade de Ciências Médicas
Universidade Estadual de Campinas

Correspondência:
Rua Vital Brasil, 80, Cidade Universitária, Campinas-SP, CEP: 13.083-888 – Campinas, SP, Brasil
Acesso:
R. Albert Sabin, s/ nº. Cidade Universitária "Zeferino Vaz" CEP: 13083-894. Campinas, SP, Brasil.
Desenvolvido pela TI / FCM