Da FCM para o mundo. Pesquisadora compartilha experiência de doutorado nos EUA
Publicado por: Camila Delmondes
17 de outubro de 2016

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Ex-aluna do Programa de Mestrado em Saúde Coletiva com Ênfase em Epidemiologia da Faculdade de Ciências Médicas (FCM), a nutricionista Juliana Camargo é um exemplo de que o conhecimento científico ultrapassa as barreiras geográficas. Selecionada pelo programa Ciências sem Fronteiras para cursar o doutorado nos Estados Unidos (EUA) em até quatro universidades, ela escolheu a Universidade do Kansas para desenvolver a sua tese no campo da Nutrição Médica. De volta ao Brasil para uma rápida visita, ela fez questão de compartilhar a sua experiência com a instituição que lhe abriu as portas para o mundo: a Unicamp.

Especialista em nutrição e obesidade infantil, Juliana busca refinar em seu estudo, instrumentos de pesquisa no campo da nutrição para aplicá-los nas áreas da saúde pública e saúde coletiva. A investigação é orientada pelos pesquisadores Heather Gibbs, Paula Cupertino, Susan Carlson e Debra Sullivan. “Trabalho com letramento nutricional, que investiga o conhecimento que as pessoas têm em relação à saúde e a termos médicos. Estudos demonstram que o letramento em saúde influencia na saúde das pessoas, muitas vezes, mais do que o status socioeconômico”, disse.

Em outras palavras – explica Juliana – a maneira como os indivíduos entendem a informação em saúde é determinante no cuidado à saúde. “Meu foco é a nutrição e como as pessoas entendem os conceitos dessa área. Por exemplo, se alguém que é diabético entende quando o médico ou nutricionista fala em reduzir o consumo de carboidratos para não aumentar a glicemia. Conseguimos encontrar em estudos anteriores que muitas pessoas não conseguem entender completamente esses conceitos”.

De acordo com Juliana, o letramento nutricional vai além de saber ler ou escrever, ou ter determinado nível de formação. “Esse é um conhecimento que diz respeito à como os indivíduos entendem a informação e aplicam na dieta” – reforçou a pesquisadora – que desenvolve um novo instrumento de avaliação que averigua o conhecimento das pessoas em relação à nutrição. “A partir disso, será possível planejar programas educativos e de conscientização de diversas doenças que estejam relacionadas à nutrição, dentre elas, o diabetes”.

Avaliar como os médicos trabalham o letramento em saúde na área nutricional, na hora de se comunicar com a população, pode ser o próximo objeto de pesquisa de Juliana. “No momento nós avaliamos a população, validando instrumentos de pesquisa em inglês, espanhol e português. A partir das informações obtidas será possível, também, trabalhar com os médicos e pesquisadores, porque eles terão uma ideia sobre a população com a qual estão atuando, e quais adaptações de linguagem são necessárias”. 



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