A adaptação e a implementação de apoio de pares para otimizar a vinculação e o desfecho favorável às pessoas com transtornos mentais graves foi tema de encontro realizado no Anfiteatro da Comissão de Pós-graduação (CPG) da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, na tarde desta segunda-feira, 25 de setembro – como parte do acordo de cooperação mútua entre a Unicamp e a Universidade de Yale, financiado pelo Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos (NIH) em cerca de R$ 3,6 milhões para o desenvolvimento de pesquisa nas áreas de Saúde Coletiva e Saúde Mental.

No Brasil, o estudo é liderado pela chefe do DSC da FCM, Rosana Onocko Campos e, nos EUA, pelas psiquiatras do Programa de Recuperação e Saúde Comunitária de Yale, Maria O'Connell e Chyrell Bellamy.

O objetivo principal, é trabalhar com a adaptação cultural de uma intervenção de pares, no contexto dos serviços comunitários de saúde mental no município de Campinas. Trata-se de um sistema de ajuda mútua que se baseia em princípios de respeito, responsabilidade compartilhada e compreensão empática da situação do outro.

Essa compreensão decorre de uma experiência comum de sofrimento emocional e psicológico, ou seja, na crença de que alguém que enfrentou e superou algum tipo de adversidade possa oferecer apoio, esperança e orientação a outros que enfrentam situações semelhantes.

Parte-se da premissa de que a implementação de um modelo de suporte de pares adaptado à cultura brasileira pode contribuir no aprimoramento dos níveis de engajamento, continuidade do cuidado e melhorias na qualidade de vida e bem-estar das pessoas com transtorno mental.

Convidado da mesa de abertura do evento, o coordenador da CPG da FCM, José Guilherme Cecatti, destacou a importância do escopo da parceria entre Unicamp e Yale, que mais do que apenas gerar dados para publicação científica, “tem a capacidade de modificar a realidade dos serviços onde o projeto é realizado”.

Assista, abaixo, a fala da coordenadora da pesquisa, no Brasil, Rosana Onocko Campos.

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