No mês de setembro, a enfermeira do Ambulatório de Transplante Hepático do Gastrocentro, Luciana Teixeira Lot, participou do 9º Congresso Canadense de Qualidade – organizado pela Sociedade Canadense de Qualidade – com a apresentação de um trabalho sobre a identificação e  a redução do tempo de espera dos pacientes, na unidade ambulatorial. “Trata-se da metodologia de gestão Lean Thinking (Pensamento Enxuto) que visa a constante redução de desperdício e que ganha cada vez mais adeptos no Brasil”, afirma a profissional.

O trabalho apresentado por Luciana, no Canadá, foi conduzido no ambulatório coordenado pela docente do Departamento de Cirurgia da Faculdade de Ciências Médicas (FCM), Ilka de Fatima Ferreira Santana, e contou, também, com o apoio do professor do Departamento de Neurologia da FCM, Li Li Min, um dos grandes incentivadores da utilização dessa metodologia no país.

“Com o auxílio da pesquisadora e especialista em Lean Thinking, Alice Sarantopoulos, apliquei ferramentas gerenciais da metodologia em situações como o tempo de espera do pacientes, que além de causar desconforto e aumentar a insatisfação dos usuários, estressa as equipes de saúde”, explicou Luciana.

A partir das intervenções sugeridas pelo estudo, observou-se a redução de cerca de duas horas e meia no tempo de espera total do paciente, aumento de 50% no índice de Completo Correto no decorrer do processo e redução do re-trabalho, sem custos adicionais à instituição.

“A satisfação do paciente e dos trabalhadores em relação ao serviço prestado aumentou, bem como melhorias no gerenciamento das informações. Além disso, a equipe multidisciplinar conscientizou-se sobre a necessidade de melhoria contínua nos processos”.

Ainda de acordo com a enfermeira do Gastrocentro, o estudo apresentado por ela, no Canadá, integra um projeto ainda maior de melhorias no serviço ambulatorial do Transplante Hepático, e que também incluirá um mestrado sob a orientação da também professora do Departamento de Cirurgia da FCM, Elaine Cristina Ataide.

“Temos como objetivo, desenvolver uma rede de conhecimento com a participação de universidades, centros de pesquisa, indústrias e os serviços de saúde visando aprimorar a gestão da saúde com inovação e, por conseguinte, contribuir para a melhoria da qualidade da assistência à saúde”, finalizou Luciana, que além da apresentação do trabalho, também participou de mesas de discussão com profissionais de 20 países, preocupados com a geração de valor ao paciente.