Biomarcadores são aposta de pesquisadores da Unicamp e da Universidade de Coimbra para doença neurodegenerativa rara
Publicado por: Camila Delmondes
07 de outubro de 2015

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Pesquisadores da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp e da Universidade de Coimbra acabam de submeter à Fapesp e à Fundação de Pesquisa de Portugal um projeto de pesquisa em conjunto para a identificação de biomarcadores para doença de Machado-Joseph. “É uma doença neurodegenerativa rara que afeta, principalmente, descendentes de portugueses”, disse a geneticista da FCM Íscia Lopes Cendes.

A doença de Machado-Joseph é uma doença hereditária que atinge pelo menos três gerações de uma mesma família. As chances de ser transmitida de pai para o filho é de 50%. A doença se manifesta em adultos a partir dos 35 anos e pode atrofiar cerebelo, tronco cerebral, medula, nervos periféricos e núcleo da base cerebral. O principal sintoma é a alteração de equilibro e coordenação motora, que pode evoluir para alterações na fala, dificuldade para engolir, dupla visão e sintomas semelhantes aos da doença de Parkinson.

“Ainda não conseguimos bloquear a progressão da doença. Evoluímos muito nos últimos cinco anos em termos de pesquisas. Os biomarcadores são alvos promissores. Estou confiante que seremos capazes de encontrar uma terapia eficaz para os pacientes com Machado-Joseph nos próximos anos”, disse Luis Pereira de Almeida, pesquisador português especialista mecanismos básicos que causam a doença de Machado-Joseph.

Luis Pereira de Almeida fez palestra na sexta-feira (24) na Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp. A palestra aconteceu no anfiteatro da Comissão de Pós-Graduação da FCM. As pesquisas de Almeida têm levado a descobertas recentes que podem levar ao tratamento da doença que hoje é incurável. (Veja mais).



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