Akila Oliveira vence Prêmio Capes de Tese por pesquisa no Programa de Pós-graduação em Farmacologia da FCM
Publicado por: Karen Menegheti de Moraes
26 de setembro de 2024

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Akila Lara de Oliveira, doutora em Farmacologia pela Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, foi a vencedora do Prêmio Capes de Tese 2024 na área Ciências Biológicas II. O trabalho “Efeito do metilglioxal na função miccional em camundongos: estudo funcional e molecular”, defendido em 2023, foi um dos quatro premiados na Unicamp pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. A tese foi orientada por Edson Antunes, docente do Departamento de Medicina Translacional.

A pesquisadora investigou os efeitos do metilglioxal, composto produzido no organismo, que se eleva em situações de hiperglicemia, como no caso do diabetes (tipos 1 e 2). O metilglioxal é responsável pela formação de produtos de glicação avançada, conhecidos como AGEs (Advanced Glycation End Products). Os AGEs se formam quando o metilglioxal se liga a proteínas, resultando na perda de função delas. “O que torna minha tese e as publicações decorrentes inovadoras é que demonstramos, pela primeira vez, que o metilglioxal também está relacionado à disfunção da bexiga. Essa descoberta é inédita e não havia sido demonstrada por nenhum grupo de pesquisa anteriormente”, explica Akila.

Atualmente, a pesquisadora continua explorando o tema em seu projeto no pós-doutorado da FCM, uma vez que o tratamento da disfunção da bexiga diabética ainda requer uma avaliação mais aprofundada. “A continuação do trabalho marca o início da investigação de fármacos sequestradores de metilglioxal ou quebradores dos AGEs. Esses compostos poderão ser utilizados no futuro para tratar a disfunção da bexiga em pacientes diabéticos. Existem várias áreas de pesquisa a serem exploradas nessa desordem, e o metilglioxal, juntamente com seus AGEs, emerge como um alvo de grande relevância”.

Akila, que atua no Laboratório de Farmacologia do Trato Urogenital e Inflamação, atribui ter vencido o Prêmio Capes de Tese à relevância do estudo para avanço científico no campo da disfunção da bexiga diabética. “Além disso, a tese resultou em cinco artigos científicos publicados em revistas com rigoroso processo editorial. A linguagem utilizada foi clara e objetiva, permitindo que leitores de diversas áreas pudessem compreender os resultados e implicações da pesquisa”.

Akila Oliveira e Edson Antunes em defesa de doutorado, em 2023. Foto: divulgação

“Estou muito feliz e com um profundo sentimento de reconhecimento. Estou na pesquisa há mais de nove anos e, desde a época da iniciação científica, quando soube desse prêmio, sempre sonhei em recebê-lo. Agora, fui contemplada. É um momento de agradecimento por toda essa trajetória que me moldou como pesquisadora, aos orientadores que tive e, em especial, ao meu orientador de doutorado, que lapidou meu trabalho para que tudo fosse produzido com excelência”, declara Akila.

“Este prêmio, sem dúvida, valoriza a Farmacologia no cenário brasileiro e dá destaque ao nosso Programa de Pós-Graduação, sendo provavelmente um forte estímulo para a nova geração de mestres e doutores”, afirmou Edson Antunes. O estudo, agora, concorre ao Grande Prêmio Capes de Tese, concedido ao melhor trabalho de cada um dos três conjuntos de grandes áreas.

Sobre o prêmio

O Prêmio Capes de Tese reconhece os melhores trabalhos de conclusão de doutorado defendidos em programas de pós-graduação brasileiros de acordo com os seguintes critérios: originalidade do trabalho, relevância para o desenvolvimento científico, tecnológico, cultural, social e de inovação e o valor agregado pelo sistema educacional ao candidato.

Criado em 2005 e entregue pela primeira vez em 2006, ele abrange todas as áreas de conhecimento que têm um representante na avaliação da pós-graduação stricto sensu. Um dos objetivos da iniciativa é aumentar a visibilidade das ações positivas e indutoras da Capes na pós-graduação brasileira.



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