Voz, sinusite, rinite e asma são problemas de fonoaudiólogos também, provam especialistas
Publicado por: Camila Delmondes
01 de dezembro de 2015

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As fonoaudiólogas Irene Marchesan, presidente da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, e Leny Kyrillos, professora da PUC-São Paulo e especialista em voz profissional estiveram na quarta (12) e quinta-feira (13) participando como palestrantes da 10ª Semana de Fonoaudioliogia (Semafon) da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp. Irene falou sobre o trabalho do fonoaudiólogo com pacientes com asma, rinite e alergias. Leny abrangeu os cuidados que os profissionais da voz – locutores de rádio, cantores, apresentadores e repórteres de televisão – devem ter.

De acordo com Irene Marchesan, 90% dos pacientes são encaminhados por dentistas para tratamento na área de motricidade orofacial. Os problemas decorrentes de deglutição e mastigação têm, em sua origem, a função respiratória. É comum pais de crianças não entenderem a diferença entre respirar pela boca ou pelo nariz.

“A função do nariz é limpar, aquecer e umidificar o ar para que ele chegue lentamente aos pulmões. Pela boca, o ar entra direto, em grande quantidade”, explica Irene.

Os pacientes com sinusite, rinite ou asma precisam aprender a respirar com a boca e com o nariz quando estão nos momentos de crise. Para um adulto, três meses de terapia são suficientes. Crianças e adolescentes necessitam de pelo menos seis meses.

“Eles precisam ter a consciência das duas possibilidades de respiração. O fonoaudiólogo é um auxiliar no tratamento. Quem faz o diagnóstico é o médico ou dentista”, alertou.

A saúde vocal e a expressividade na fala são dois pontos fundamentais, segundo Leny Kyrillos, para quem trabalha com a voz. A saúde vocal está relacionada com a capacidade de falar por um tempo maior, numa boa condição, sem esforço. Para isso, a hidratação das cordas vocais é fator importante para produzir uma boa voz. Outra dica da fonoaudióloga é evitar fumo, álcool e alimentos gordurosos de difícil digestão.

“Prefira arroz e macarrão integral, que dão energia durante um período maior. Consuma sucos cítricos que aumenta a salivação e melhora a fala”, disse Leny.

A expressividade da fala é capacidade de demonstrar o conteúdo que se está transmitindo por meio de variações da entonação e melodia a partir das modificações que acontece na forma. Ela também está associada à postura, expressão facial e gestos.

“A fala espontânea se caracteriza por surpreender o interlocutor. Algumas pessoas tem habilidade maior, mas isso pode ser treinado. Todos são capazes de desenvolver a expressividade”, disse Leny.

Na parte da tarde, Maria do Carmo Gargaglione, perita em fonoaudiologia forense do Ministério Público do Rio de Janeiro e presidente da Academia Brasileira de Fonoaudiologia Forense faz palestra sobre fonoaudiologia forense e perícia em saúde auditiva e trabalho.

Texto: Edimilson Montalti - ARP-FCM/Unicamp



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