Rede Vital para o Brasil lança revista centenária e homenageia farmacologistas
Publicado por: Camila Delmondes
01 de dezembro de 2015

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Aconteceu na manhã desta segunda-feira (21), no Salão Nobre da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, o lançamento da edição especial da Gazeta Médica da Bahia e homenagem ao centenário de nascimento dos professores Oswaldo Vital Brazil e Aphonse Richard Hoge. Oswaldo Vital Brazil (1912-2008) foi professor emérito do Departamento de Farmacologia da FCM. O evento compõe o calendário de festividades comemorativas do Jubileu de Ouro da FCM e foi organizado pela Rede Vital para o Brasil e Diretoria da faculdade.

A Gazeta Médica da Bahia é a mais antiga publicação científica do Brasil. Ela foi fundada em 1866 por José Francisco da Silva Lima, Otto Edward Henry Wucherer e John Ligertwood Paterson, responsáveis pela escola tropicalista bahiana que fez uma revolução nacional e internacional no campo da parasitologia e da epidemiologia ao divulgar suas pesquisas. Desde a primeira edição, a revista mantém a mesma ilustração de capa e tipologia de fontes. A edição lançada na FCM trata de animais peçonhentos e seus venenos.

“À época, a revista não foi considerada pela Faculdade de Medicina da Bahia. Quis o destino que ela se tornasse a publicação oficial da Faculdade. A luta deles valeu a pena”, disse Rejane Lira da Silva, coordenadora da Rede Vital para o Brasil.

Segundo Rejane, dados do Ministério da Saúde apontam o aumento de 400% nos casos de acidentes por animais peçonhentos. O Nordeste continua liderando a escala e o Estado da Bahia é o segundo em oficidismo e o primeiro em escorpiodismo. “Por cinco anos, a Bahia é o Estado onde mais se morre por animais peçonhentos. O programa nacional que nós temos não está resolvendo o problema. Temos um longo trabalho pela frente”, disse Rejane.

A presidente da Sociedade Brasileira de Toxinologia, Denise Tambourgi, disse que o envenenamento por serpentes passou a ser considerado uma doença negligenciada pela Organização Mundial de Saúde. “O papel que nos cabe é revisitar a produção de soros e antígenos e trabalhar em conjunto”, disse Denise.

A diretora da FCM, Rosa Inês Costa Pereira, falou como ex-aluna do Departamento de Farmacologia e disse que ambos os cientistas homenageados foram uma inspiração para várias gerações. Ela iniciou a sua iniciação científica com o professor Oswaldo Vital Brazil. “Nossas instalações e esforços à disposição de vocês para comemorarmos, aqui, outras metas alcançadas”, disse Rosa Inês.

Após a solenidade de abertura, a professora aposentada do Departamento de Farmacologia da FCM, Júlia Prado Franceschi, fez uma homenagem à Alma Hoge, viúva do professor Aphonse Richard Hoge. Em seguida, a farmacologista fez a palestra “Contribuição do Prof. Dr. Oswaldo Vital Brazil na Ciência Brasileira e na Unicamp”.

Participaram também da mesa de abertura o professor Joaquim Werneck de Castro, Presidente do Instituto Vital Brazil, Niterói, RJ, e Alexandre Pinto Conrado, professor emérito da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto.

Texto e fotos: Edimilson Montalti - ARP-FCM/Unicamp



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