Enfermeira faz palestra sobre Prática Baseada em Evidência e participa do PPEV
Publicado por: Camila Delmondes
01 de dezembro de 2015

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A enfermeira Anna Margherita Toldi Bork, mestre em Efetividade em Saúde Baseada em Evidências pela Universidade Federal de São Paulo e com MBA pela Wharton Business School da Universidade da Pensilvânia, Filadélfia, esteve nesta quarta-feira (14) no Departamento de Enfermagem da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, ministrando o curso “Prática Baseada em Evidências” para enfermeiros do Hospital de Clínicas (HC), Hospital da Mulher Prof. Dr. José Aristodemo Pinotti (Caism), Hospital Estadual de Sumaré (HES) e rede pública de saúde de Campinas.

Anna foi convidada pela coordenadora do curso de enfermagem da FCM, Luciana de Lione Melo, para participar do Programa Professor Especialista Visitante (PPEV), projeto da pró-reitoria de Graduação (PRG) da Unicamp. O PPEV propicia a integração de profissionais de notório conhecimento, reconhecida especialização e grande mérito em suas respectivas áreas de atuação com a comunidade universitária, por meio de sua permanência no ambiente acadêmico. O objetivo é complementar conteúdos da grade curricular das áreas acadêmica, científica, tecnológica e cultural.

“Quando vi o edital da PRG, sugeri o nome de Anna por conhecer seu trabalho e ler o livro de sua autoria. A indicação foi prontamente aceita pelos professores do curso de Enfermagem. Ela ficará neste semestre e vai contribuir com a disciplina “Estágio supervisionado em administração hospitalar” e em outras ações que vamos programar”, relatou Luciana.

Anna foi diretora executiva de Prática Assistencial, Qualidade e Segurança do Hospital Israelita Albert Einstein por dez anos. Tem experiência na área de Qualidade e Segurança em Serviços de Saúde e Gestão de Enfermagem, atuando em segurança do paciente, certificações internacionais, prática baseada em evidência científica e padrões de prática e assistência em terapia intensiva de paciente adulto. De acordo com Anna, o objetivo do curso é oferecer ao profissional da saúde a oportunidade de obter conhecimento básico sobre como sustentar sua prática com a melhor evidência científica disponível.

A prática baseada em evidência surgiu inicialmente na medicina. É um movimento criado em 1972 pelo médico, professor e pesquisador britânico Archie Cochrane. A MBE se fundamenta na aplicação do método científico a toda prática médica, usando técnicas oriundas da ciência, engenharia e estatística, tais como metarrevisões da literatura existente – denominadas também de metanálises –, análise de custo-efetividade, experimentos clínicos aleatórios e controlados, estudos naturalísticos populacionais, dentre outros.

A prática da MBE implica não somente no conhecimento e na experiência clínica, mas também em procurar, encontrar, interpretar e aplicar os resultados de estudos científicos epidemiológicos ao problema individual dos pacientes. Implica, também, em conhecer como calcular e comunicar os riscos e os benefícios dos diferentes tratamentos existentes na medicina aos pacientes.

Segundo Anna, a evidência é a maior verdade conhecida ou declarada a respeito de um assunto. Para ser uma evidência, ela precisa estar publicada. A enfermagem é uma ciência e a prática profissional deve ser pautada pela evidência. Entretanto, na enfermagem, existem mais temas sem evidência do que na medicina. Uma evidência nasce a partir da formulação de uma pergunta respondida por um método científico correto. O colchão caixa de ovo é melhor que o colchão de espuma comum para prevenir a úlcera de pressão, popularmente conhecida por escara?

“Tem um momento da ciência que ninguém sabe responder um problema. Uma pergunta clínica vai demandar um tipo de metodologia científica. Cem estudos feitos com o mesmo método, a força e validade da evidência é muito maior”, explica Anna.

Na opinião da chefe do Departamento de Enfermagem, Maria Isabel de Freitas, o preparo dos instrumentos, atendimento e visita de familiares, por exemplo, não tem evidência científica e isto onera o Sistema Único de Saúde (SUS) e delonga a permanência do paciente nas enfermarias. “Se as enfermeiras entenderem o processo de sistematizar o seu trabalho e tenham método para virar um trabalho científico, uma publicação, isto gerará um novo procedimento baseado em evidência para a prática da enfermagem”, comentou.

Texto: Edimilson Montalti – ARP-FCM/UNICAMP
Fotos: Mário Moreira – CADCC-FCM/UNICAMP



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