Alunos do primeiro ano dos cursos de medicina, enfermagem e fonoaudiologia participaram nesta quinta-feira (15), no auditório da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, do acolhimento sobre a integração em ensino e serviço do Sistema Único de Saúde (SUS) de Campinas. Este acolhimento é organizado pela Comissão Gestora Local (CGL) do Pró-Saúde para atender ao edital do Programa de Educação para o Trabalho em Saúde (PET-Saúde) do Ministério da Educação e da Saúde.

O secretário de Saúde de Campinas, Fernando Luiz Brandão do Nascimento e a diretora-associada da FCM, Rosa Inês Costa Pereira, participaram da abertura do evento, além dos coordenadores de graduação dos três cursos envolvidos

Segundo Brandão, a Secretaria Municipal de Saúde conta com mais de quatro milhões de horas de treinamento em serviço para jovens profissionais em formação. Por vezes, disse o secretário de Saúde de Campinas, a visão que eles têm da medicina praticada dentro do SUS é um pouco diferente da medicina praticada no serviço privado. Entender, desde cedo, como funciona os serviços de saúde do município, resulta num atendimento melhor para os pacientes.

“Quem ganha com a entrada da Universidade nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) é a população. Há uma troca de experiências difundidas por toda a rede”, disse Brandão, ex-aluno e ex-residente da FCM da Unicamp.

A diretora-associada da FCM, Rosa Inês Costa Pereira, lembrou da época em que os estudantes de medicina e enfermagem da Unicamp aprendiam com os pacientes que não tinham nenhum tipo de cobertura de saúde. Quando houve o primeiro movimento para a faculdade fazer um convênio com o antigo Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS), os alunos ficaram preocupados em deixar de lado os grupos excluídos, tratados naquela época como indigentes.

“Mas não foi isso que aconteceu. Com a entrada da Universidade, vimos ser criado um sistema universal de saúde, hoje conhecido como SUS. Este processo é continuamente aperfeiçoado. É muito importante esse contato inicial de vocês com o sistema. Sintam as necessidades dos pacientes e da comunidade e trabalhem para aprimorar o atendimento e também para aprimorarem-se”, aconselhou Rosa Inês.

O Pró-Saúde foi lançado em 2005, por meio de Portaria Interministerial entre os Ministérios da Saúde e da Educação. Um de seus objetivos é diminuir o distanciamento entre as universidades e a prestação real dos serviços de saúde, incentivando mudanças na formação de médicos, enfermeiros e dentistas, de acordo com as necessidades da população brasileira. O objetivo do PET-Saúde é estimular estudantes e professores a desenvolver estudos para a área de Atenção Básica, dentro do Sistema Único de Saúde (SUS).

Texto e fotos: Edimilson Montalti - ARP-FCM/UNICAMP