Na próxima semana, de 10 a 13 de agosto, a Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp promoverá, em plataforma on-line, o Seminário Internacional de Aprimoramento Curricular do Curso de Medicina. Realizado pela Diretoria, Coordenadoria de Graduação em Medicina (CGM), Núcleo de Avaliação, Pesquisa e Educação em Saúde (Napes) e Núcleo Docente Estruturante (NDE), o evento visa discutirá as conquistas e os avanços da formação médica, no Brasil e no mundo. As inscrições acontecem essa sexta-feira (6).

Em entrevista ao site da FCM, a coordenadora da CGM, Joana Fróes Bragança Bastos, fala sobre o contexto de realização do evento e reforça o convite para que toda a comunidade docente e discente – e também os funcionários colaboradores das atividades de ensino – participe da programação.

FCM Unicamp – Qual a motivação da FCM para a realização do Seminário?

Joana Bastos – A reforma curricular realizada em nosso curso, em 2001, foi precursora de diversas mudanças em outras faculdades brasileiras, tendo contribuído para reafirmar o papel de liderança da Unicamp no ensino, no panorama nacional. Nestes mais de 20 anos, o ensino médico mudou muito e trouxe novas demandas para a formação dos profissionais de saúde. Portanto, refletir sobre o nosso curso de Medicina e o ensino que realizamos é imperativo nesse momento.

FCM Unicamp – Podemos afirmar que a pandemia trouxe novos desafios às escolas médicas?

Joana Bastos – Sem dúvida. Mudanças impostas pela pandemia agudizaram algumas deficiências existentes e desencadearam novas demandas para a formação médica, que devem ser abordadas. Dentre esses temas, destaco reflexões como: o que devemos entender por qualidade de formação médica; o ensino baseado em competências e centrado no estudante; o papel da simulação na formação; novas estratégias educacionais e o mundo pós-Covid.

FCM Unicamp – A programação do Seminário conta com atividades abertas ao público em geral, e também com atividades exclusivas para a comunidade da FCM. Poderia falar sobre esse formato?

Joana Bastos – Na programação aberta, teremos a oportunidade de discutir com professores do Brasil e do exterior, os avanços e os desafios das mudanças curriculares implantadas em outras instituições de ensino. A programação destinada com exclusividade ao público da FCM visa discutir o ensino realizado na Unicamp e o perfil dos nossos egressos, além de formular, a partir de grupos de discussão, novas propostas de mudança no currículo. Tais propostas darão início ao processo de reforma curricular, que deverá vigorar a partir de 2023.

FCM Unicamp – Toda a comunidade acadêmica da FCM – em especial, chefes de Departamento, coordenadores de Disciplina, membros da CGM, Napes e NED – está convidada a participar do evento. De maneira, alunos, docentes, médicos assistentes e demais colaboradores das atividades de ensino poderão contribuir com as discussões relativas às mudanças curriculares?

Joana Bastos – Essa é a grande oportunidade para que as pessoas que atuam nas Comissões de Ensino dos Departamentos tragam as suas demandas para estas sejam incorporadas às propostas de mudanças curriculares. Todas essas pessoas são importantíssimas no levantamento, organização, e discussão das demandas, desafios e dificuldades encontradas para a formação dos nossos estudantes de Medicina. Elas desempenharão um papel fundamental para o delineamento e implementação de mudanças inovadoras e sustentáveis para o nosso curso, que também terão o potencial para também desencadear mudanças curriculares em outras instituições de ensino médico do país.

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