Qualificações e defesas - Detalhes


Modulação das subfrações de HDL e LDL pelo ISGLT2, com ou sem associação ao IPCSK9, em indivíduos com diabetes mellitus tipo 2


Candidato(a): Isabella Bonilha de Oliveira
Orientador(a): Andrei Carvalho Sposito

Apresentação de Defesa

Curso: Fisiopatologia Médica
Local: Anfiteatro da Pós-graduação - CPG/ FCM
Data: 27/03/2025 - 09:00
Banca avaliadora
Titulares
Andrei Carvalho Sposito
Elza Olga Ana Muscelli Berardi
Marcello Casaccia Bertoluci
Raul Cavalcante Maranhão
Helena Coutinho Franco De Oliveira
Suplentes
José Rocha Faria Neto
Fabiana Hanna Rached
Jose Roberto Matos Souza

Resumo



No diabetes mellitus tipo 2 (DM2), a redução na massa e função das células β pancreáticas, juntamente com a resistência à insulina, compromete a secreção de insulina, contribuindo diretamente para a progressão da doença. Um dos principais reflexos desse quadro é a dislipidemia diabética, que envolve alterações na composição e funcionalidade das lipoproteínas, particularmente da lipoproteína de alta densidade (HDL) e da lipoproteína de baixa densidade (LDL). No DM2, o HDL torna-se disfuncional, perdendo suas propriedades protetoras, enquanto o metabolismo do LDL é alterado, aumentando seu potencial aterogênico e, consequentemente, o risco cardiovascular. Nesse cenário, a redução dos níveis de LDL e a melhoria na funcionalidade do HDL são estratégias centrais no manejo das complicações cardiovasculares associadas ao DM2. Inibidores da pró-proteína convertase subtilisina/kexina tipo 9 (iPCSK9), como o evolocumabe, são eficazes na redução do LDL em até 50-60 , enquanto inibidores do co-transportador sódio-glicose 2 (iSGLT2), como a empagliflozina, demonstram benefícios na redução de eventos cardiovasculares e mortalidade em pacientes com DM2. Este estudo teve como objetivo investigar se a combinação de evolocumabe com empagliflozina influenciou na concentração plasmática das subfrações de HDL e LDL, em comparação ao uso de empagliflozina isoladamente. Foi realizada uma análise post-hoc pré-especificada do estudo EXCEED-BHS3, que envolveu 110 participantes randomizados para empagliflozina (E) ou empagliflozina mais evolocumab (EE). Utilizando ultracentrifugação por gradiente de densidade, foram separadas cinco subfrações de HDL (2b, 2a, 3a, 3b e 3c) e cinco subfrações de LDL (LDL1, LDL2, LDL3, LDL4 e LDL5). O colesterol foi dosado em todas as frações, e o lipidoma foi realizado com as amostras de LDL total. Ambos os tratamentos aumentaram modestamente o HDL. O conteúdo de colesterol apresentou elevação nas subespécies de HDL 2a (7,3 ), 3a (7,2 ) e 3c (15 ) no grupo E, quando comparado ao momento da randomização. No grupo EE, o aumento foi observado em 3a (9,3 ), 3b (16 ) e 3c (25 ). Comparando os dois grupos, as elevações de HDL 3b e 3c foram significativamente maiores no grupo EE (p<0,05). Em relação ao LDL, o grupo EE teve concentrações significativamente menores de todas as cinco subfrações de LDL em comparação com o grupo E. Dentro dos grupos, o grupo E teve uma redução de 12,4 no colesterol da subfração LDL5, enquanto o grupo EE apresentou reduções significativas em todas as subfrações de LDL, variando de 45,9 a 67,3 . O aumento em partículas de HDL de tamanho menor foi heterogêneo entre as combinações de tratamento.

Faculdade de Ciências Médicas
Universidade Estadual de Campinas

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Acesso:
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