Qualificações e defesas - Detalhes


COMPORTAMENTO SEDENTÁRIO, ATIVIDADES FÍSICAS E QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES COM PSORÍASE


Candidato(a): Raphaela Espanha Corrêa
Orientador(a): Paulo Eduardo Neves Ferreira Velho

Apresentação de Defesa

Curso: Clínica Médica
Local: Anfiteatro
Data: 19/02/2025 - 14:00
Banca avaliadora
Titulares
Paulo Eduardo Neves Ferreira Velho
Samira Yarak
Marcelo de Castro Cesar
Gleison Vieira Duarte
Denise Castilho Cabrera Santos
Suplentes
Leticia Fogagnolo
André Vicente Esteves de Carvalho
Andrea Fernandes Eloy Da Costa Franca

Resumo



Por ser uma doença de característica crônica, sistêmica e inflamatória, pacientes com diagnósticos de Psoríase (PsO) podem apresentar maior propensão para o desenvolvimento de outras comorbidades crônicas, como a obesidade, dislipidemias e doenças cardiovasculares, fadiga, dores e alterações em hábitos diários, tais como diminuição da Prática de Atividade Física (PAF). O comportamento sedentário (CS) também pode ser uma variável importante de controle nessa população, dado que o mesmo se encontra relacionado a diversos problemas de saúde. Contudo, a relação destas variáveis com a gravidade da PsO ainda não foi totalmente esclarecida. Assim, o objetivo do presente estudo foi explorar se há relação entre CS, PAF, QV e gravidade da PsO, bem como aferir níveis de fadiga e dor destes pacientes. Trata-se de um estudo amostral, transversal do tipo correlacional, que foi conduzido no ambulatório de Psoríase do Hospital de Clínicas da Universidade Estadual de Campinas – Unicamp. Foram incluídos pacientes com PsO, de idade igual ou superior a 18 anos, ambos os sexos, que estivessem na fase de pré-diagnóstico de tratamento ou pós-tratamento de psoríase, e que concordaram com o TCLE. Foi utilizado um questionário, feito especialmente para estes fins, com questões sobre o perfil socioeconômico e perfil clínico. Foram utilizados o questionário International Physical Activity Questionnaire – IPAQ-Brief, para a análise do CS e da PAF; o Dermatology Life Quality Index – DLQI, para QV, a Escala Functional Assessment of Chronic Illness Therapy Fatigue Scale - FACIT-F e o Inventário Brief Pain Inventory – BPI, para a análise da dor. A avaliação da PsO foi feita pelo PASI, consultado no prontuário eletrônico do paciente. A análise de regressão logística multinomial foi utilizada para verificar as correlações entre as variáveis explicativas e a variável de desfecho. Nos modelos adotados a variável desfecho foi a gravidade da doença avaliada pelo PASI (três categorias: doença leve, moderada e grave). As variáveis explicativas incluíram, no estudo 1, apresentar ou não o CS e escores da QV e no estudo 2 a classificação da PAF e escores de QV, fatiga e dor. Foi observado que pacientes com QV mais afetada apresentaram maior gravidade da doença (OR: 0,854, CI: 0,778-0,937; p<0,05 bem como pacientes com CS em um dia da semana (OR: 28,460, CI: 1,230- 658,408; p<0,05). O estudo 2 mostrou que pacientes com QV mais afetada apresentaram PsO mais grave (OR: 0,781, CI: 0,691-0,883; p<0,05), assim como também pacientes insuficientemente ativos fisicamente OR: 0,112, CI: 0,013-0,927; p<0,05). Níveis de fadiga e dor não foram significativamente correlacionadas a gravidade da doença (p>0,05). Por se tratar de um estudo de campo correlacional amostral, conclui-se que as variáveis PAF, CS e QV podem afetar o nível da PsO e portanto, estudos de intervenção terapêutica, considerando tais variáveis no percurso da doença, precisam ser realizados para elucidar estas associações.

Faculdade de Ciências Médicas
Universidade Estadual de Campinas

Correspondência:
Rua Vital Brasil, 80, Cidade Universitária, Campinas-SP, CEP: 13.083-888 – Campinas, SP, Brasil
Acesso:
R. Albert Sabin, s/ nº. Cidade Universitária "Zeferino Vaz" CEP: 13083-894. Campinas, SP, Brasil.
Desenvolvido pela TI / FCM
FCM - Faculdade de Ciências Médicas