Contexto: A oftalmopatia de Graves (TED), uma manifestação extratireoidiana comum da doença de Graves, apresenta desafios significativos de manejo devido ao potencial de desfiguração, comprometimento visual e redução da qualidade de vida. Ainda existem incertezas sobre a abordagem de tratamento ideal, especialmente em relação à duração da TED e seu impacto nos resultados.
Objetivo: Esta meta-análise avalia os efeitos de vários tratamentos sobre marcadores inflamatórios e desfechos de gravidade na TED, estratificados pela duração da doença, distinguindo entre tratamentos iniciados nos primeiros 6 meses (fase inicial) e aqueles iniciados posteriormente (fase subaguda/crônica).
Métodos: Seguindo as diretrizes PRISMA, uma busca sistemática em vários bancos de dados eletrônicos resultou em 26 estudos que atenderam aos critérios de inclusão pré-definidos. A qualidade metodológica foi avaliada e os dados foram meticulosamente extraídos e analisados.
Resultados: Na fase inicial, tratamentos como corticosteroides e teprotumumabe mostraram melhorias significativas no escore de atividade clínica, proptose e diplopia. Na fase subaguda/crônica, a eficácia da metilprednisolona e do teprotumumabe é reduzida. Foi observado um efeito de “janela crítica”, com os tratamentos mostrando eficácia diminuída após 6 meses de duração da TED.
Conclusão: Esta meta-análise destaca a importância de adaptar as estratégias de tratamento com base na duração da TED, enfatizando intervenções precoces para maximizar os benefícios. Os achados orientam os clínicos na seleção dos tratamentos mais adequados e sublinham a necessidade de mais pesquisas para aprimorar abordagens baseadas em evidências, melhorando, em última análise, os desfechos dos pacientes e a qualidade de vida.