Pesquisa Aplicada Em Dermatologia E Infecções Por Bartonela - PADIB



A partir de um caso de angiomatose bacilar atendido no HC da Unicamp em 1994 o pesquisador responsável passou a estudar as infecções por estas bactérias. Procurou inicialmente conseguir um modelo animal utilizando camundongos imunocompetentes e imunodeficientes, já que as respostas são distintas, respectivamente, granulomatosas e angioproliferativas nestes hospedeiros. Estudou a ultra-estrutura da Bartonella henselae antes e após a passagem in vivo. Por tratar-se de agentes intra-eritrocitários, o risco de transmissão transfusional das bartonelas foi aventado. Sangue doado experimentalmente infectado mostrou que as bactérias sobreviviam à estocagem convencional. Encontrou a primeira doadora de sangue com infecção por estes agentes da literatura médica e estes foram marcos para que o risco de transmissão transfusional fosse considerado. Com auxílio financeiro do Johns Hopkins documentou, usando uma unica PCR convencional, que 3,2% de doadores de sangue do Hemocentro da Unicamp estudados eram bacterêmicos para bartonelas. Oportunamente, a partir das mesmas amostras, mas com reacoes mais sensiveis (nested e real time), o DNA dessas bacterias foi detectado em 23% dos doadores. O grupo documentou a transmissao transfusional da Bartonella henselae em camundongos. Por se tratarem de bactérias fastidiosas, o desafio diagnostico levou o Prof. Paulo a fazer o pós-doc com microscopia confocal na Universidade de Minnesota. Na ocasiao, utilizou cultura primária de pele humana para desenvolver a infecção pela B. henselae. Com recurso obtido do Programa Ciências sem Fronteiras, na linha de Pesquisador Visitante Especial, com a Profa. Dra. Kalpna Gupta, da Universidade de Minessota, iniciou pesquisa translacional, mostrando que o limiar de dor está diminuído em animais infectados com Bartonella henselae. Utilizando técnicas moleculares, microbiológicas, histopatológicas e imunológicas o grupo vem estudando a prevalência em diferentes grupos de pacientes, particularmente pacientes falciformes, hepatopatas, com reacoes hansenicas subentrantes, com endocardite, com febre de origem desconhecida, entre outros. Quarenta e sete porcento dos pacientes com reacoes hansenicas estudados apresentaram pesquisa positiva positiva para B. henselae e a maioria respondeu ao tratamento antibiotico com melhora das reacoes. Entre os pacientes com hepatite nao viral na fila de transplante hepatico, do HC, um em cada quatro tiveram pesquisa positiva para a mesma bacteria e a infeccao foi estatisticamente mais prevalente nos pacientes com hepatite criptogenica. Outras parcerias se estabeleceram com Instituições nacionais e estrangeiras. O grupo tem a preocupação de buscar técnicas diagnósticas mais sensíveis para a infecção por estas bactérias, já que resultados falso negativos são frequentes em humanos e em animais. Isto foi bem documentado quando avaliou-se a prevalência de infecção por bartonelas em gatos de Campinas. Apenas com a utilização de diferentes técnicas moleculares em amostras distintas conseguiu-se identificar que 90% dos gatos estudados estavam infectados. A pesquisa da infeccao por Bartonella spp. em vetores ampliou o espectro das pesquisas na area. Nova frente de pesquisa se abriu quando o responsavel pelo laboratorio foi procurado pelo Prof. Dr. Nilson Maia, do Instituto Agronômico de Campinas e por Indústria Alimentícia nacional, pesquisas na área de cicatrização utilizando óleos vegetais como tratamento de úlceras cutâneas foram inciadas e geraram o pedido de duas patentes. Os estudos nesta area levaram ao deposito de duas patentes, uma delas ja licenciada e tambem concedida.

Diagnóstico de Bartonella spp; Prevalência da Infecção por Bartonella spp; Modelo animal na infecção por Bartonella spp; Cicatrização; Isotretinoína e modelo animal
Bartonella; Diagnóstico; Cicatrização; Isotretinoína.

PAULO EDUARDO NEVES FERREIRA VELHO


CAROLINE BONDARIK


FAPESP




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