A Anatomia Patológica diagnóstica (patologia cirúrgica) baseia-se há um século principalmente em métodos tradicionais, tais como inclusäo das biópsias em parafina, corantes empiricamente detectados e uso da microscopia óptica clássica de luz branca. O diagnóstico é feito por um observador treinado. Do ponto de vista prático e científico, esta rotina é totalmente insatisfatória perante o fato de grande variações diagnósticas entre observadores treinados (especialistas) e o grande avanço tecnológico no campo de física, química e computação. Todo este progresso tecnológico revolucionou a Radiologia e Medicina Nuclear, enquanto que a Anatomia Patológica de rotina continua basicamente com os métodos criados no fim do século 19. A recém-criada sub-especialidade Patologia Analítica Celular (com revista internacional do mesmo nome “Analytical Cellular Pathology”) visa modernizar e objetivar a Anatomia Patológica integrando avanços de outras ciências. Isto cria principalmente dois campos de atuação : 1 . Detectar informação „escondida” nas imagens das lâminas tradicionalmente preparadas com ajuda de programas computacionais, ou seja, ver o que o olho humano não consegue diferenciar. Pra estes fins, desenvolvemos programas computacionais próprios de análise de imagens (em parte programas registrados no INPI) em conjunto com o Instituto de Computação em inúmeros projetos, incluindo um temático da FAPESP. Precisamos ressaltar que estas análises pelo computador, que são totalmente diferentes da morfometria, precisam de calibrações e validações, onde um laboratório de histopatologia de precisão é indispensável. 2 . Criar imagens histológicas com novos métodos, ou seja, criar contraste a partir de diferenças das características fisico-químicas dos tecidos que dispensam grande parte do preparo específico e até o uso de corantes. Esta linha de atuação é integrado com o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Biofotônica Aplicada à Biologia Celular, onde nosso laboratório faz parte do projeto, representando a área de Patológia Diagnóstica e onde fazemos parte do grupo gestor. A tarefa do nosso laboratório nestas investigações pioneiras é desenvolver novas tecnologias de preparo e validá-os. Nós estamos atuando no campo 1 há mais que 20 anos e no campo 2 há 5 anos e somos o único grupo no Brasil com este perfil.
Embora com repercussão local muito modesta, recebemos reconhecimento internacional com premiações e convites para participar de grandes revistas. Somos atualmente academic editor da PLOS ONE, section editor da Diagnostic Pathology e membro do corpo editorial da Pathology Research and Practice e da Cellular Oncolgy . Há duas décadas temos certificação no CNPq com a classificação 1B.
A nossa pesquisa atual está focada no desevovimento e na aplicação da métodos da inteligência artificial na análise das imagens microscópicas como auxílio no diagnóstico ou prognóstico. Participamos atualmente como pequisador principal no megaprojeto BIOS (Brazilian Institute o Data Science ) da UNICAMP ( projeto FAPESP 2020/09838-0 MCTIC/ CGI-CPA; 0.09.2021- duração 60 meses)
-Anatomia Patológica computacional, análise de textura aplicando princípios matemáticos , inteligência artificial , modelos de diagnóstico e prognóstico, desenvolvimento de técnicas "label-free" para histologia, fluorescence lifetime imaging texture analzysis; multiphoton microscopy; fluorescence lifetime imaging; computational pathology; surgical pathology`;cytology; second harmonic generation; prognostic models
Correspondência: Rua Tessália Vieira de Camargo, 126. Cidade Universitária Zeferino Vaz. CEP 13083-887 – Campinas, SP, Brasil
Acesso: R. Albert Sabin, s/ nº. Cidade Universitária "Zeferino Vaz" CEP: 13083-894. Campinas, SP, Brasil.